Um sabor cor de ocre me vem a boca
E pressinto no vento o fim, selar
Cada suspiro e sonho que almejava
Vejo cada gota no chão tintilar.
Esse quadro não é cor que se pinta em vida
Não é matiz de flor ou de cantoria
É gota a gota que aqui transborda
Vê no chão? Nota? É pura ironia!
É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que passa e repara a poça
Mas não vê o fim da alma que é presença.
É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que volta e já esquece a poça
E ainda acha que todo vermelho...
É só mais uma entre outras tantas
Cores dispersas dessa avenida
Vem a vinda
De outra ida
Ave, vida!
(Dayane R. Peixoto)
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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