domingo, 15 de fevereiro de 2009

Crime Urbano

Um sabor cor de ocre me vem a boca
E pressinto no vento o fim, selar
Cada suspiro e sonho que almejava
Vejo cada gota no chão tintilar.

Esse quadro não é cor que se pinta em vida
Não é matiz de flor ou de cantoria
É gota a gota que aqui transborda
Vê no chão? Nota? É pura ironia!

É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que passa e repara a poça
Mas não vê o fim da alma que é presença.

É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que volta e já esquece a poça
E ainda acha que todo vermelho...

É só mais uma entre outras tantas
Cores dispersas dessa avenida

Vem a vinda
De outra ida
Ave, vida!

(Dayane R. Peixoto)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Inspiração








Queria poesia fazer
Pra toda essa solidão te roubar
Mas da esperança de seu sorriso ver
Surge a minha inspiração pra criar.

Se sozinho o sorriso não mostras
E sem ti a poesia não vem
Ponho na gaveta o palpite, o verso
Na esperança que, um dia também...

Queira os meus olhos ver
Queira com a minha solidão acabar
Ou em última hipótese dizer
[eu te amo]
Mesmo que seja só pra inspirar...

(Dayane R. Peixoto)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Frenesi

Adentrando pela tarde plangente
Aniquilo o mundo a minha volta
Em meio a lembranla displicente
Frenesi de um sentimento que me molda

Não me basta querer, possuir
Ou de alguma maneira exarcebada
Sem controle ou meio para discernir
Expor o que penso de forma moldada

O que me empara, nos olhos está
No que me tira o folego, repara então
Pra que não reste só a gratidão.

Que não seja tudo só lembrança no tempo
Mas que seja a eternidade esse momento
Onde guardo sua presença longe da hora vã...
Sã.

(Dayane R. Peixoto)